quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

A PALAVRA MAL (DITA)

Cuidado com o que diz aos outros sobre você mesmo: desejos, resoluções, decisões ou expectativas. Quando você afirma algo, sua palavra cria um mundo na mente da outra pessoa. Ela pode passar a ver você pelas lentes daquela sua afirmação. Ela cria novos conceitos a seu respeito, de acordo com a interpretação que terá construido em cima do que você falou.

           Lá adiante, para sua surpresa, ela menciona um conceito sobre você que tem ligação direta com aquilo que você uma vez disse. Provavelmente, você ja caiu na boca do povo. O conceito negativo que ela construiu a seu respeito, a partir daquela afirmação sua, já se espalhou e ganhou o mundo.


           De repente, você se vê dentro de um novo modelo de funcionamento naquele mesmo ambiente. Nada é mais como fora antes. Tudo por causa de um conceito fabricado com a matéria prima de uma palavra sua mal-dita, que colou negativamente na comunidade. Não era bem aquilo, mas você deixou escapar um suspiro, um sonho transitório, uma expectativa de futuro ou uma frustração de ocasião. "E agora José?"

          Agora não adianta correr atrás de voltar atrás. Paciência! Seu mundo não é mais o mesmo: foi moldado por aquela afirmação. Irremediável? Talvez, não. Mas, certas dilatações são permanentes; não voltam à posição original. Algumas atitudes, entretanto, podem transformar o que é negativo em algo benéfico e produtivo. Seguem algumas sugestões:

        1. Identifique o que pode ser celebrado. Nenhuma situação é de todo ruim. Mantenha sempre na memória o que lhe pode dar esperança.

        2. Trabalhe com o que você tem hoje, com o que sobrou do estrago. Pouco a pouco, passo a passo, construa um novo espaço de influência e produção. O universo é bem maior do que aquele "universozinho" que você adotou como seu, como sua impermeável zona de conforto.


         3. Sempre que possível, promova mudanças, se necessário, até de ambiente. Deixar para trás certos espaços que não mais comunicam relevância, pode ser afetivamente e politicamente difícil, mas, talvez, seja o caminho para um novo tempo. O risco de ficar pior sempre existe, mas quem tem pânico do risco permanece estancado ou atolado em areia movediça.

          4. Avalie bem o risco de cada decisão para não prejudicar pessoas que você ama: esposa e filhos, sobretudo. Às vezes, é melhor permanecer na zona de desconforto, buscando preservá-los, que lutar por realização pessoal, desmontando a realização deles.

            5. Confie em Deus, mas não deixe de fazer alguma coisa. Peça orientação ao céu, mas não fique de braços cruzados. No caso de não saber o que fazer, leia um bom livro, escreva um artigo, capine o quintal de casa, enfim, faça alguma coisa produtiva. Sua mente agradecerá.

           Um homem sábio uma vez me disse: "A melhor resposta que você pode dar a eles é o seu trabalho e sua integridade."

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